
O som quase mudo da televisão não a atrapalhava em nada. As cores vivas dançavam pelas paredes claras de seu quarto minúsculo, encolhida em um dos cantos da cama, com as mãos afugentadas no edredom azul claro que a enrolava. Lá fora, as gotas de chuva chocavam-se contra o piche já encharcado de água da chuva de dias anteriores. Afagava os pés cobertos com meias cinza sob o lençol da cama macia.
Não pensava, apenas mantinha os olhos fixos na porta entreaberta, não esperava nada, apenas olhava. Esperou a noite cair, revestindo a cidade em seu manto negro, não havia estrelas, muito menos lua, era apenas uma noite fria, molhada e escura. Ela não se importava, nada importava. Nada fazia sentido. Nada.
Não esperava por um milagre, não esperava nada. Estava cansada de esperar, mas também não queria fazer... No fim era isso. E se repetiria até o fim, até recomeçar novamente e repetir. E repetir.
Não pensava, apenas mantinha os olhos fixos na porta entreaberta, não esperava nada, apenas olhava. Esperou a noite cair, revestindo a cidade em seu manto negro, não havia estrelas, muito menos lua, era apenas uma noite fria, molhada e escura. Ela não se importava, nada importava. Nada fazia sentido. Nada.
Não esperava por um milagre, não esperava nada. Estava cansada de esperar, mas também não queria fazer... No fim era isso. E se repetiria até o fim, até recomeçar novamente e repetir. E repetir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário